Cacumbi e seus Ancestrais
Autor: Lau Santos
O tambor ecoa, fala ao seu ancestral
É catumbi, é cacumbi
É carnaval, vem, vem
Q'esse nêgo é bom, esse negô voa
Ninguém diz, mas esse negô é novo
esse negô é bamba
Vem cantar que tem Tino Marco, tem Alcina Julia
Tem Pedro Leite, tem Tião, tem Zumbi
Também tem samba
Iaiá cata berbigão, meu cacumbi
Umbigada catá congá
Can don bê, zum, zum
Catumbi é,
Ticumbí é,
Cacumbi é
 |
Gentio mistura de gente,
Rede de peixe, pente na lua cheia,
Duna prateada!
É Cruz e Sousa que vagabundeia
sorrir pra lagoa na noite embruxada
Auê é marujada
É a voz do negão
que ressoa na Bica encantada:
“Salve São José da Terra Firme”
“Salve nossos ancestrais negros marinheiros”
“Salve São Benedito e nossa Senhora do Rosário”
“Salve a espada do grande capitão Amaro”
